A MENTIRA: Na noite de 24 de agosto de 1572, a Igreja festejou a noite de São Bartolomeu massacrando 70 mil protestantes franceses. O papa Gregório XIII comemorou ordenando que cantassem o Te Deun, cunharam moedas comemorativas e trocaram presentes. ONDE SE ENCONTRA: http://www.cacp.org.br/catolicismo/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=82&cont=0&menu=2&submenu=1 Destaquei o site acima, pois a refutação foi baseada na calúnia exposta por eles, mas a mesma acusação pode ser encontrada em qualquer site protestante que fale da Inquisição. A VERDADE DOCUMENTAL: A Noite de São Bartolomeu foi um episódio político e não religioso, a casa real da França foi a grande responsável pela perseguição e pelo massacre dos Huguenotes. Os Huguenotes eram um grupo de protestantes Calvinistas que se tornaram centro de disputas políticas na França nos Séc. XVI e XVII. Durante o Reinado de Henrique II (1547-1559), esses protestantes tornaram-se um grupo político bastante influente na França e na medida em que cresciam essa influência mais aumentava as hostilidades com o governo Francês. Algumas ações dos Huguenotes de fato despertavam a “raiva” dos Católicos, pois estes protestantes radicais invadiam Igrejas, destruíam imagens e relíquias dos Santos. Depois da morte de Francisco II e da coroação de Carlos IX, a rainha-mãe, Catarina de Médici, passou a controlar a França. Durante algum tempo ela defendeu os huguenotes como uma forma de contrabalançar a influência dos Guises. Entretanto, o acirramento dos ânimos de ambas as partes aumentou, a ponto de provocar uma guerra civil. Catarina temia que o almirante Coligny estivesse influenciando demasiadamente seu filho e aliou-se ao duque de Guise. http://www.klickeducacao.com.br/2006/enciclo/encicloverb/0,5977,POR-4870,00.html Mas, objetar-se-á, não é verdade que S. Pio V, alguns meses antes falecido, convidara por vezes Carlos IX a exterminar os hereges do seu reino? É coisa certa que S. Pio V por vezes exortou a corte de França a, com rigor, aplicar contra os hereges as leis existentes (suppliciis afficiantur quae legibus statuta sunt), leis que se estendiam até á pena de morte; mas é coisa não menos certa que ele sempre formalmente reprovou qualquer tentativa de assassinato ou de morticínio. A 10 de maio de 1567 escrevia o embaixador espanhol em Roma para a sua corte: ‘Os senhores da França, disse-me o Papa Pio V, premeditam qualquer coisa que eu não posso aconselhar nem aprovar e que a minha consciência reprova; querem empregar meios para acabar com o príncipe de Condé e o almirante de Coligny.’ É, observa Vacandard, reprovar de antemão o morticínio de S. Bartholomeu. Ficou, pois, a corte romana completamente estranha aos horrendos atentados de 24 de agosto. Foi, entretanto, Gregorio XIII informado pelo embaixador francês de que o rei e a rainha mãe tinham escapado a uma trama dos huguenotes e de que estes tinham sido justamente castigados e em grande parte exterminados; pelo que mandou aquele Papa os parabéns a Paris, e ordenou que se fizesse em Roma uma solene procissão em ação de graças, com um solene Te Deum, e encarregou alem disto o pintor Vasari de representar nas paredes do Vaticano as principais cenas daquele dia, mandando também cunhar uma medalha comemorativa. Mas qual é a verdadeira explicação destes procedimentos do Papa? As congratulações enviadas á corte de Paris faziam parte, a mais ordinária, das relações diplomáticas. E por outra parte o Papa não dispunha de outras fontes de informação senão das relações do embaixador francês em Roma e das do seu núncio em Paris. Apresentavam elas os fatos, como oficialmente corriam, isto é, como uma conjuração tramada pelos huguenotes contra a vida do rei, conjuração, de que o rei só pudera salvar-se por meio de uma geral carnificina. Que diz com efeito o núncio residente em Paris e de ordinário bem informado? No seu despacho com data do próprio dia da carnificina, depois de narrar os fatos, acrescenta que ‘a Majestade divina tomou sob a sua proteção o rei e a rainha mãe’; o que parece confirmar a idéia, que corria, de ter realmente existido a tal conspiração. ‘A própria noticia em si, prescindindo do modo como ela se realizara, não poder deixar de ser, observa Vacandard, muito agradável a Gregorio XIII.’ Estando, pois, o Papa mal informado sobre o modo com as coisas se tinham passado, e estando convencido de que o rei se achava no caso de uma legitima defesa, houve naturalmente de alegrar-se ao ver que os protestantes tinham caído no laço e que os seus principais cabeças se achavam fora de combate. Em Paris mesmo foi muita a gente que se enganou; e o próprio Parlamento condenou retrospectivamente o almirante Coligny a ser queimado em effigie por causa do criminoso atentado. Estava, portanto, o Papa com muito boa companhia, no juízo que fazia sobre aqueles acontecimentos trágicos. A conclusão, que disto se tira, é que o S. Bartholomeu foi uma questão meramente política, originada do ódio de Catharina contra Coligny, das rivalidades entre as casas de Guise e de Condé, e ocasionada pela exasperação da rainha, ante o malogro da sua cruel tentativa de 22 de agosto. Bastantemente se explicam assim os lastimosos sucessos do S. Batholomeu; e esta explicação está de acordo com os documentos daquela época. A religião nem sequer serviu de pretexto para aquela carnificina, porque as informações dadas ao Papa apenas se referiam a uma conjuração política. Catharina de Medicis, a principal culpada nesta catástrofe, tinha sobretudo em vista abater o partido protestantes mais do que a seita dos protestantes.” Fonte: DEVIVIER, Pe. W., SJ. Curso de Apologetica Christã, 3ª ed., São Paulo: Melhoramentos, 1925, pp. 426-429: O que é possível afirmar segundo a história verídica e imparcial é que o clero católico, durante as matanças, cumpriu o dever sagrado de seu ministério. Aí se enquadra, por exemplo, a nobre conduta de Hennuyer, bispo de Lisieux, que salvou, por sua firmeza, todos os huguenotes de sua diocese. O Martirológio dos protestantes – insuspeito em querer elogiar os católicos- cita vários fatos desse gênero: “Em Toulouse” – diz – “os conventos serviram de asilo aos calvinistas; em Bourges, alguns católicos pacíficos ocultaram vários [huguenotes]; em Romans, de sessenta [huguenotes] presos, quarenta foram libertados e dos vinte restantes, não morreram mais que sete; em Troyes, em Bordeaux, muitos foram igualmente salvos pelos sacerdotes”. Em Paris, os huguenotes perseguidos encontraram igualmente protetores entre os católicos; e em Nimes, esquecendo os vexames perpetrados pelos protestantes [no dia] de São Miguel, surgiram corações bastante generosos para defender os calvinistas de uma matança autorizada pelo exemplo [de Paris], mas de nenhuma maneira aprovada pela Religião [católica]. http://www.veritatis.com.br/article/4262 De fato fica demonstrado aqui que o “Massacre de S. Bartolomeu” foi nada mais que um episódio desecandeado pela casa real da França contra os protestantes que também visavam interesses políticos no País. A Noite de São Bartolomeu foi uma guerra civil onde um grande número de protestantes foram mortos e onde também católicos morreram no confronto. Baseado na mesma lógica nós poderíamos acusar os calvinistas pelas vidas católicas que ali pereceram. Portanto, acusar a Igreja do massacre dos Huguenotes é novamente distorcer a verdadeira história com o único objetivo de difamar a Santa Igreja Católica que é a coluna e sustentáculo da verdade. (1Timóteo 3,15). Por Jefferson Nóbrega Cai a farsa
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